Adelina Dóris Monteiro nasceu no dia 23 de outubro
de 1934, no Rio de Janeiro. Olha que legal, ela comemorou o aniversário de 80 anos, em 2014, com uma
festa em que reuniu a família e os amigos. Cantora de sucessos como Mocinho Bonito, de Billy Blanco, Mudando de Conversa, Dó-ré-mi (de Fernando César), Dóris se apresentou recentemente em Belo Horizonte, em agosto do ano
passado, no projeto Salve Rainhas,
idealizado por Pedrinho Madeira. Ela adora os aplausos do público que ainda a
prestigia e procura os shows da cantora. Em um blog, ela disse que fica
eufórica com os fãs: “Fico nas nuvens”.
Dóris
Monteiro foi revelada em 1949 no programa Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Nacional do Rio de
Janeiro. E
também foi atriz do cinema. Em 1953, atuou no filme Agulha no palheiro e cantou a música com o mesmo nome. Chegou a ganhar um prêmio. No
ano seguinte, fez uma participação especial no filme Rua sem sol, de Alex Viany, com música de Luís de Barros. Atuou também nos filmes De vento em popa, de Carlos Manga.
A carreira de Dóris começou a carreira aos 17 anos e a mãe acostumava acompanhá-la. Naquela época, era um perigo uma mocinha sozinha nas estações de rádio. Aliás, o pai sempre implicou com a escolha da carreira. Depois de ser aprovada no Papel Carbono, foi apresentada a Henrique Foreis Domingues, o Almirante, que, na época era diretor da Rádio Tupi. Aos 17 anos gravou seu primeiro disco: Se você se importasse, de Peterpan. Ficou em primeiro lugar nas paradas de sucesso durante três meses. Quem apresentou Dóris e Almirante foi o cantor Alcides Gerardi. Submetida a um teste para cantora, foi aprovada e começou a participar dos programas musicais da rádio. Ficou na Tupi durante oito anos.
Dóris Monteiro chamava atenção por sua beleza e seus cabelos longos. Dizem as más línguas que o todo poderoso Assis Chateaubriand, dono de várias estações de rádio em todo o Brasil, jornais e revistas, como a de maior vendagem – O Cruzeiro – fundador da primeira estação de TV no Brasil, a Tupi, foi apaixonado por ela. Ninguém provou a história de amor. Mas ficou na memória do rádio que Chatô cismou que ela deveria ser uma Rainha do Rádio. E que teria comprado dezenas de exemplares da revista e obrigado seus funcionários recortar o cupom e a responder a pergunta: Quem é a maior cantora do país. É claro que a resposta foi: Dóris Monteiro. E ela se tornou Rainha do Rádio nos anos 1956 e 1958.
Dóris sempre dá seus palpites no atual cenário da música brasileira. Sempre atenta, ela destila uma fina e mordaz ironia. “Outro dia levei meu cachorro ao Pet Shop e tocava uma música. Perguntei: "Que cantora é essa?". E me responderam que era o Michel Teló. Olha que fora que eu levei! Não escuto esse rapaz, só escuto coisas que eu gosto. Quando aparece uma dupla sertaneja na televisão já mudo de canal. É um direito que eu tenho. As pessoas geralmente não admitem que os artistas tenham suas preferências, nos impõe esse castigo. Por isso, quando essas pessoas me perguntam, eu sempre digo que gosto, mas nunca sei quem é”, confessa. Dóris deflagra, com a própria história, a falta de personalidade das atuais vozes. “Quando eu apareci, minha voz era diferente de tudo. Hoje em dia estão todas iguais, todas as cantoras. A não ser uma Leny de Andrade, a Leila Pinheiro, que são excelentes cantoras, mas já não pertencem a essa juventude”, conclui.
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